Currículo em espanhol: dicas e o que evitar
Escrito por Jobseeker, Equipa Editorial • Atualizado pela última vez a 22 de abril de 2024

Currículo em espanhol: dicas e o que evitar

Saber preparar um bom currículo em espanhol é essencial para quem pretende se candidatar a empregos na Espanha. Ser capaz de criar um curriculum vitae em espanhol também é condição básica para os brasileiros que pretendem trabalhar na Argentina ou em outros países vizinhos na América Latina. Afinal, com a economia cada vez mais globalizada, é normal procurar oportunidades em outras partes do mundo. E a proximidade entre os idiomas é outro fator que atrai muitos profissionais brasileiros para esses países. No entanto, demonstrar conhecimento do idioma e da cultura local ainda é importante.

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Os modelos de currículo espanhol e argentino, por exemplo, são bem similares com o formato usado no Brasil e em outros países. Ou seja, você deverá incluir informações parecidas e usar a mesma forma de organização geral ao preparar um currículo em espanhol.

Obviamente, não é o caso de apenas traduzir seu currículo do português e manter tudo como está. Há alguns aspectos específicos que você deverá levar em conta se pretende trabalhar na Espanha ou candidatar-se a empregos na Argentina, por exemplo. Neste artigo, falamos sobre alguns deles.

Formato de currículo em espanhol

Um curriculum vitae em espanhol, seja ele voltado a empregos na Espanha ou para oportunidades na América Latina, seguirá uma estrutura semelhante à de um currículo brasileiro. As seções do currículo, por exemplo, poderão ter diferentes nomes, como ocorre no Brasil. No entanto, são praticamente as mesmas que se usa por aqui

  • Datos personales, Datos de contacto (ou sem título):
  • Perfil, Presentación, Resumen profesional
  • Experiencia, Experiencia laboral
  • Formación, Educación, Formación académica
  • Habilidades, Aptitudes
  • Idiomas
  • Outras seções opcionais

A ordem entre elas também pode seguir o padrão do currículo profissional brasileiro. No caso, o perfil ou resumo profissional vem logo após os dados pessoais. Depois, o candidato pode preferir colocar antes a seção relativa à sua experiência profissional ou descrever sua formação, conforme o que favorecer mais sua candidatura.

Em seguida, o candidato deve descrever suas habilidades. Assim como ocorre no Brasil, você pode optar por preparar um currículo do tipo funcional, em que a seção com suas habilidades vem logo após o resumo profissional. Caso contrário, deixe ela mais para o final. Depois dela, vêm as seções relativas ao seu domínio de idiomas e o que mais você considerar importante.

Os itens em cada seção devem seguir uma ordem decrescente, em geral, como é feito no Brasil. Ou seja, você irá listar suas experiências profissionais e formações acadêmicas iniciando pelas informações mais recentes. Além disso, as informações relevantes em cada seção são as mesmas de currículos em outros países. Você deverá apenas cuidar o modo de descrevê-las, em alguns casos, além de decidir sobre a sua pertinência, pelo contexto da sua candidatura.

Ajuda com o idioma

O mais importante, antes de começar a preparar seu currículo, é decidir se você mesmo(a) irá escrevê-lo ou se você irá contar com o suporte de alguém com um domínio maior do idioma. Caso você tenha um bom controle da língua, pode assumir a missão. Caso contrário poderá pedir a ajuda de alguém ou mesmo contratar um(a) profissional para isso.

Você também pode criar seu currículo online no Jobseeker, que traduz automaticamente os títulos de seções e outras partes do seu curriculum vitae em espanhol.

Nacionalidade, país e outras informações pessoais

Quando começar a preparar o seu currículo em espanhol, você provavelmente ficará com dúvidas sobre os dados pessoais que deve incluir no início do documento. Afinal, como um(a) brasileiro(a) procurando empregos na Espanha ou em outro país de língua espanhola, menções à sua nacionalidade, naturalidade e país de residência, podem influenciar bastante na decisão do recrutador.

Avalie sempre se uma menção à sua nacionalidade e/ou naturalidade oferece vantagens à sua candidatura.

Em qualquer situação, você deverá mencionar o local onde mora. Afinal, isso influi em sua disponibilidade, não apenas para começar no trabalho, mas também para entrevistas e outros procedimentos de seleção. Portanto, se estiver no Brasil, você pode incluir apenas o nome do país. Caso já esteja no país da empresa, mencione também a cidade onde mora.

Quanto à nacionalidade e à naturalidade, você não é obrigado a mencioná-las. Portanto, só faça isso se houver vantagens em incluir essas informações. Por exemplo:

  • Se a vaga for destinada preferencialmente a brasileiros
  • Se a vaga for destinada a falantes nativos de língua portuguesa

Há outros casos válidos, certamente. Por exemplo, se você tiver uma segunda nacionalidade do país em questão ou, no caso da Espanha, da própria Espanha ou de outro país da União Europeia. Afinal, em casos assim, a segunda nacionalidade garante um acesso facilitado ao mercado de trabalho do país, em relação à necessidade de visto de trabalho e/ou residência, entre outros trâmites burocráticos. Portanto, essa informação pode interessar ao empregador.

Avalie sempre se uma menção à sua nacionalidade e/ou naturalidade oferece vantagens à sua candidatura.

Informações de contato em outro país

Na mesma seção dedicada aos seus dados pessoais, você deverá incluir informações de contato, como endereço de e-mail e telefone. Ao descrever o seu número de telefone, lembre-se de incluir o código do país, caso esteja no Brasil ou em outro país que não o da empresa à qual você está se candidatando. Além do código do país, você deverá, claro, incluir o código da sua região.

É importante que cada um dos códigos fique claro na leitura do currículo, para que o empregador ou recrutador não tenha problemas para entrar em contato com você. Caso seu número de telefone seja do Brasil, por exemplo, você pode descrevê-lo neste formato:

+55 11 99999-9999

Note que, neste exemplo, o código de área, 11, é referente ao estado de São Paulo. Já o 55 é o código internacional do Brasil.

Como descrever seu nível de espanhol

Se você está concorrendo a empregos na Espanha ou na América Latina, não basta preparar um bom currículo em espanhol. A empresa à qual você está se candidatando certamente estará interessada, também, em saber o seu nível real de domínio do idioma.

Há diversas formas de indicar o seu nível de espanhol ou de outro idioma. Normalmente, isso é feito em uma seção específica, chamada Idiomas. Ela vem após as seções principais, como Experiencia laboral e Formación. Você pode descrever seu conhecimento da língua de forma simples, como:

  • Elemental, Básico
  • Intermedio
  • Avanzado, Alto, Fluido
  • Nativo, Materno

Caso você esteja planejando trabalhar na Espanha, pode indicar o seu conhecimento do idioma seguindo os padrões do CEFR (Common European Framework of Reference). Neste caso, os diferentes níveis de conhecimento do idioma são indicados pela seguinte escala:

  • A1: iniciante
  • A2: básico
  • B1: intermediário
  • B2: independente
  • C1: proficiente
  • C2: domínio pleno

Para descrever seu nível, então, basta mencionar o código correspondente. Sua posição nessa escala pode ser mensurada pelo nível em que você se encontra em um curso de idiomas ou por meio de uma certificação como o DELE. Outra opção, muito comum, é a autodeclaração. Se for o seu caso, tenha cuidado para não exagerar o seu conhecimento do idioma. Afinal, você provavelmente terá, no mínimo, uma entrevista ao longo de um processo seletivo.

Dica do especialista

Caso você tenha um nível avançado ou fluente de espanhol, considere a possibilidade de aplicar para uma certificação como o DELE. Esta é uma forma segura de mostrar ao empregador que você tem um bom conhecimento do idioma. Além disso, ao mostrar que você obteve uma certificação, você demonstra interesse real (e dedicação) em trabalhar em um país de língua espanhola.

Espanhol (español) ou castelhano (castellano)?

Uma dúvida comum, na hora de descrever o seu nível de conhecimento da língua em seu currículo, diz respeito ao próprio nome do idioma. Afinal, dependendo do país no qual você pretende trabalhar, pode ser mais comum chamar o idioma de espanhol (español) ou castelhano (castellano).

Em geral, não haverá maiores problemas em chamá-lo de uma forma ou de outra, independentemente do país. No entanto, se você quiser ser o mais rigoroso possível neste sentido, pode seguir esta referência:

  • Español: Espanha (com exceção de algumas regiões), Colômbia, Uruguai, Equador, México e América Central
  • Castellano: Argentina, Chile, Bolívia, Paraguai, Peru, Venezuela e algumas regiões da Espanha, como a Catalunha, País Basco, Galícia e Valencia

As duas formas de se referir ao idioma devem-se ao fato de o que conhecemos como língua espanhola não ser o único idioma na Espanha. Para diferenciá-lo de idiomas co-oficiais do país, como o galego e o catalão, os habitantes dessas regiões e de alguns países da América Latina chamam-no de castelhano (ou castellano).

Portanto, dependendo do país ou da região onde você pretende trabalhar, é possível descrever seu nível no idioma de diferentes formas:

  • Castellano: Intermedio
  • Español: Avanzado
  • Castellano: B1
  • Etc.

Finalmente

Caso você mesmo(a) prepare seu currículo em espanhol, recomendamos que peça para alguém com conhecimento do idioma revisá-lo. Você pode, inclusive, pagar um(a) profissional para isso, caso esteja inseguro(a) sobre o resultado. De qualquer forma, o importante é apresentar em seu currículo espanhol consistente e adequado para este tipo de documento.

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